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O PREC E O RELÓGIO DAS REVOLUÇÕES
O LIVRO
Cada revolução traz consigo uma nova grelha de interpretação das anteriores, revisita-as, submete-as a uma nova leitura e encontra nelas novos ensinamentos. Ao longo da primeira metade do século XX, qualquer olhar sobre a Comuna de Paris esteve formatado pela experiência da Revolução Russa. Esta, por sua vez, começou logo a ser vista com um olhar condicionado pela Revolução Alemã de 1918-23, e na segunda metade do século, pela Revolução Chinesa de 1949.
A Revolução dos Cravos, que só é grande à escala de um pequeno país, não escapa a essa lei da História e deixa também a sua marca na leitura das grandes revoluções anteriores. Com o olhar de quem viveu, acompanhou e reflectiu a Revolução Portuguesa de 1974-75, retoma-se também nesta obra a análise da Comuna de Paris, da Revolução Russa e da Revolução Alemã, numa tentativa de entender os elementos que afastam ou aproximam estes grandes momentos históricos.
OS AUTORES
ALDO CASAS
Milita na Argentina desde 1961 (no trotskismo, “organicamente”, entre 1965 e 2002). Entre 1974 e 1976, como enviado pelo jornal Avanzada Socialista, militou em Portugal. Director da revista e editorial Herramienta (desde 1996), é um dos impulsionadores do portal Huella del Sur (2025) e colabora com diversas organizações da esquerda revolucionária. Reuniu os seus estudos e reflexões sobre a revolução russa em Actualidad de la Revolución y Socialismo – três volumes publicados em 2021, 2022 e 2024.
ANTÓNIO LOUÇÃ
Foi militante trotskista nos últimos anos do fascismo, na revolução e nos anos posteriores. Foi director da revista Versus em 1983-1988 e redactor do jornal Gegenwind, dos conselhos de fábrica leste-alemães, até 1995. Militou no Bloco de Esquerda desde a fundação até 2007 e na Comissão de Trabalhadores da RTP em quatro mandatos, até 2024. Trabalhou também em investigações que vieram a público como documentários ou livros sobre as duas guerras mundiais e sobre a revolução portuguesa.
A REVOLUÇÃO DE ABRIL E SEUS ANTECEDENTES:
COMUNA DE PARIS, SOVIETES RUSSOS E CONSELHOS ALEMÃES


MARGINALIZADOS
O LIVRO
Que grupos sociais participaram de forma indelével na construção e consolidação do império colonial português sem ver a sua ação devidamente reconhecida? A resposta vai além da ação da coroa e dos colonizadores: os grupos marginalizados.
Esta obra destaca as vozes de indígenas africanos e americanos cujas histórias, aspirações e resistências constituíram parte ativa – e fundamental – do processo de desenvolvimento do Atlântico português.
Por meio de petições e documentos pessoais dirigidos ao rei, este livro desmistifica a ideia de que esses grupos eram passivos, revelando como, mesmo à margem da sociedade, traçaram estratégias e negociaram e influenciaram o centro de poder em Lisboa.
As suas narrativas de luta e de fuga, de diplomacia e de esperança traduzem um império menos consolidado e mais dinâmico nas suas redes, constantemente moldadas por aqueles que estavam na periferia dos centros de decisão.
Obra fundamental da historiografia portuguesa, Marginalizados não apenas resgata histórias desconhecidas e fascinantes, como valoriza o protagonismo silencioso, porém decisivo, de milhares de seres humanos invisíveis que contribuíram decisivamente para a história do império colonial português.
A AUTORA
AGATA BŁOCH
Nasceu em Varsóvia, em 1989. É mestre em Estudos Culturais com especialização em América Latina (Universidade de Varsóvia, 2014) e em História do Império Português (Universidade Nova de Lisboa, 2018) e doutorada em História pelo Instituto de História Tadeusz Manteuffel da Academia Polaca das Ciências (2021).
Em 2022, foi galardoada com o Prémio Professor Andrzej Dembicz, conferido à melhor tese de doutoramento sobre a América Latina e as Caraíbas na Europa e atribuído pelo Conselho Europeu de Investigação em Ciências Sociais da América Latina, que está na base deste livro.
Autora de vasta bibliografia, foi investigadora convidada do Ibero-Amerikanisches Institut (IAI), Stiftung Preußischer Kulturbesitz, em Berlim, e bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em Portugal.
Nos últimos anos, tem vindo a desenvolver vários projetos de investigação no âmbito da história colonial do império português. Em paralelo, leciona a disciplina de História da América Latina na Universidade Jaguelónica de Cracóvia, dedicando-se, igualmente, ao ensino da língua portuguesa na Polónia.
OBRA FUNDAMENTAL PARA CONHECER A HISTÓRIA DO IMPÉRIO COLONIAL PORTUGÊS E DOS GRUPOS ESQUECIDOS QUE O AJUDARAM A CONSTRUIR

Marcin Kula, professor emérito da Univ. de Varsóvia

MULHERES A BORDO!
O LIVRO
A expansão marítima dos séculos XV e XVI tem constituído um dos temas centrais de análise da historiografia portuguesa, perdurando na memória coletiva nacional nomes como os de D. Afonso V, D. Manuel I, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral ou do Infante D. Henrique – reis, capitães, fidalgos e clérigos, todos eles homens. Estudada no masculino durante séculos, a época das Grandes Navegações contou também com a participação ativa e determinante das mulheres.
Secundarizadas ou ignoradas pela historiografia tradicional, as referências à mulher são, a maior parte das vezes, registadas com timidez nas entrelinhas da documentação ou permanecem ocultas, sob densas camadas de pó, nas funduras dos arquivos nacionais.
Recusando uma interpretação da realidade elaborada exclusivamente a partir da ação dos agentes masculinos, este livro mostra-nos uma faceta ignorada pelos investigadores (as mulheres nos navios, as condições de vida a bordo e as dinâmicas de convivência quotidianas), constituindo um importante contributo para um maior conhecimento da expansão marítima portuguesa.
A AUTORA
MARIANA CALDEIRA GONÇALVES
Nasceu em Lagos, em 2000. Licenciada em História e Arqueologia e mestre em História, na área de especialização História Social, pela Universidade de Évora.
Investigadora na área da história da mulher, centra a sua atenção na presença feminina no quadro da expansão marítima, tendo apresentado inúmeras comunicações a congressos realizados em Portugal e no estrangeiro.
ESTOU CERTA DE QUE ESTE LIVRO CONSTITUIRÁ UMA REFERÊNCIA PARA TODOS AQUELES QUE SE INTERESSAM PELA HISTÓRIA DA EXPANSÃO, PELA HISTÓRIA DAS MULHERES E PELA COMPREENSÃO DAS MÚLTIPLAS FACETAS DA EXPERIÊNCIA MARÍTIMA


Maria de Deus Beites Manso, in Prefácio